-
Perdoe-me Dona Teresa. – Clemente disse chamando a
atenção de todos os presentes para si. – Eu sei onde Mel e Xavier estão.
-
Sabe? –Teresa se espantou assim como os demais com a
afirmação de Clemente.
-
Sei. – Clemente respondeu seguro.
-
E aonde é que eles estão? – Teresa interrogou com um
certo de temor.
-
Quando acordei de manhã, eu fui ao meu quarto antigo na
casa dos empregados, e eu pude perceber que o quarto de Fernando estava
ocupado, curioso eu fui ver estava lá, e vi os dois juntos. – Clemente revelou
causando um certo incomodo em Teresa
-
Juntos em que sentindo você quer dizer? – Magda se
intrometeu disposta a criar polemica.
-
Acho melhor Dona Teresa você ir pessoalmente lá e ver
tudo com seus próprios olhos. – Clemente se dirigiu a Teresa, que ficou tensa,
e logo em seguida foi ao quarto do falecido motorista Fernando, e acabou vendo
o que já desconfiava há muito tempo.
-
Eu sinceramente não sei nem o que dizer. – Magda
declarou ao ir junto com Teresa no quarto, e pegar Xavier completamente nu
dividindo a mesma cama que Mel, que também estava completamente nua.
-
Meu deus, não pode ser! – Xavier exclamou ao acordar
assustado com toda a sua família olhando para ele e Mel juntos, inclusive a
própria Teresa, que estava completamente sem reação.
-
Desde do primeiro dia que eu adotei essa garota eu já
sabia que ela era apaixonada por Xavier, mas mesmo assim eu a adotei, e agora
eu realmente acho que a culpada por tudo isso sou eu. – Teresa confessou
chorando com Mel e Xavier olhando para ela.
-
Eu não posso fazer nada. – Mel disse com um ar
petulante. – Uma hora eu sabia que tudo o que sonhava ia acontecer, e
aconteceu, e você não pode fazer nada para impedir.
-
Você sonhava com o que? –Teresa ficou cara a cara com
Mel após a menina se levantar da cama, e ir desafiar a mãe adotiva, enquanto
Xavier e todos assistiam o dialogo delas sem nenhuma reação. Roubar o meu
marido?Transar com o seu próprio pai?Era isso que você sonhava?Pois bem, você
conseguiu sua vira lata de quinta. – Teresa ofendeu Mel, que deu um forte tapa
na mãe para revidar as ofensas.
-
Eu também esperei muito por esse dia. – Mel provocou. –
O dia em que eu iria brigar de mulher para mulher com você pelo meu homem.
-
Seu homem?Xavier nunca foi seu homem, nunca foi seu
pai, e nunca será nada seu, e eu estou grávida dele, e finalmente poderemos ser
uma família de verdade, e nessa historia toda garota, você não passa de uma
intrusa. –Teresa continuou discutindo.
-
A intrusa é você, eu sou bem melhor que você em tudo,
inclusive na cama, onde você deve ser bem graça. – Mel revidou as acusações de
Teresa ainda nua.
-
Vai embora! –Xavier dirigiu-se para Mel após se vestir,
interrompendo a discussão dela com Teresa.
-
Como assim?Eu sou sua nova mulher a partir de agora, e
a Teresa que tem que ir embora. – Mel contestou.
-
Vai embora!Você é surda. – Xavier berrou assustando
Mel. – Tudo isso é uma loucura, eu não queria me envolver mais com você, e o
que você fez?Me deixou bêbado, me trouxe para esse quarto e transou comigo,
tudo para acabar com meu casamento.
-
Que casamento?Seu casamento já acabou faz tempo, só
falta separar de vez. – Mel constatou.
-
Acabou?Pelo contrario, meu casamento com Teresa só vai
começar de verdade agora que você vai embora. – Xavier respondeu decidido a se
livrar de Mel.
-
É mesmo?E quem é que vai me tirar dessa mansão? – Mel
provocou com tom de deboche.
-
Eu! –Teresa enfurecida partiu para cima de Mel, e as
duas começaram a brigar, agredindo uma a outra, até serem contidas por Horacio,
Caio, Xavier e César, porem Teresa se soltou dos braços de César, que estava
segurando ela, e correu atrás de Mel que subiu as escadas da mansão.
-
Me larga. – Mel implorou após Teresa puxar ela pelos
cabelos quando Mel subia os degraus da escada. – Me larga sua desgraçada.
-
Venha comigo vagabunda, que eu vou te colocar na rua,
lugar da onde você nunca devia ter saído. – Teresa pegou Mel pelos cabelos, e
com todos os membros da família Arantes assistindo, jogou Mel para fora da
mansão, tacando ela no meio da rua, a fazendo ser humilhada diante de todos. –
Agora sim você está onde você merece. – Teresa comentou agressiva, enquanto Mel
sentia os olhares de piedade de Dalva, Talita, Bianca e Bruna pairando sobre
ela.
-
Isso não vai ficar assim. –Mel prometeu. – Não vai.
Passado o terrível escândalo que viveram com a filha adotiva
Mel, Xavier e Teresa começaram a se reconciliar aos poucos.Viviah e Bruna
continuaram apreensivas e aflitas a procura do desaparecido Lucas, e ele se
mantinha escondido justamente no quarto de Giane, que se preocupava em manter o
menino seguro e alimentado, além de fazer de tudo para que Clemente não
desconfiasse ou descobrisse nada sobre ele.
-
Obrigado por tudo que você está fazendo por mim. –
Lucas agradeceu Giane. – A cada dia que passa eu gosto mais de você.
-
Eu também. – Giane respondeu emocionada. – Eu também.
As saídas cada vez mais constantes de César começaram a
incomodar e brotar desconfiança em Dalva, que a cada dia que passava ficou mais
certa de que César estava de caso com outra mulher, sem imaginar se tratar de
Carla.
-
Você jura mesmo que não tem nenhuma outra mulher? –
Dalva questionou fazendo César ficar constrangido.
-
Lógico que não. – César respondeu rapidamente, e um
pouco inseguro. – Você tem desconfiado de mim?
-
Não é bem desconfiança, apenas conheço bem você, e sei
que você não é nenhum santo. – Dalva disse não muito confiante da fidelidade de
César. – Você nunca foi homem de uma mulher só, mas eu peço que você me
respeite acima de tudo.
-
Pode ficar tranquila. – César tentou tirar a
desconfiança que Dalva estava sentindo dele. – Estou em um momento de tanto
trabalho que nem sou capaz de pensar em outra mulher.
-
Assim espero. – Dalva finalizou tentando acreditar
nele, mas sabendo que no fundo era impossível.
Jorge cansado da monotonia e das brigas intermináveis com
Viviah, começou a ver Talita, a filha da empregada, tomar banho nua, o que fez
brotar nele uma obsessão pela jovem.
-
Queria eu poder ensaboar esse corpo todinho. – Jorge se
excitou ao ver Talita se ensaboando, e se tocando delicadamente.
-
Perdeu alguma coisa ai. – Horacio assustou Jorge. –
Vendo a filha da empregada tomar banho nua, você não tem vergonha Jorge?
-
Vergonha?Eu tenho é tesão, muito aliás. – Jorge
confessou.– Preciso ir urgente para o quarto me masturbar depois de ver uma
coisa dessas. – Jorge foi embora logo em seguida depois de ficar alguns minutos
por ali, e deixou Horacio sozinho, que se aproveitou da situação para espirar
Talita nua também.
-
Não é que a danada é bem interessante mesmo. – Horacio
começou a se interesssar também, e permaneceu ali vendo Talita, que continuava
por logos minutos tomando banho completamente nua.
-
Dona Magda não vai gostar nada de saber que o senhor
está vendo a filha da empregada pelada. – Clemente assustou Horacio ao flagrar
ele vendo Talita nua pelo buraco da fechadura do banheiro dos empregados.
-
Creio eu que você não vai contar nada para ela.
–Horacio insinuou para Clemente.
-
Lógico. – Clemente respondeu. – Não é do meu feitio
ficar falando da vida dos outros, mas acho melhor você ir embora logo antes que
essa moça saia do banheiro, e pegue você espiando ela. – imediatamente Horacio
foi embora, e Clemente fez o mesmo, mas antes também fez questão de dar uma
espiadinha em Talita pelo buraco da fechadura.
Bianca dormia quando Caio por um acaso passou pela frente do
quarto de Bruna, e se deparou com ela chorando desesperadamente, e no mesmo
momento Caio resolveu ficar com ela no quarto, e Bianca continuou a dormir sem
notar a falta de Caio em sua cama de casal.
-
Você não está chorando só por causa de Lucas, tem mais
alguma coisa que te faz ficar assim, o que é? – Caio questionou consolando a
então melancólica Bruna.
-
Eu estou chorando por causa de você. – a resposta
sincera, curta e direta de Bruna mexeu com Caio. – Eu estou vendo você e Bianca
juntos, vocês dois vão se casar, vão ter um filho, e eu aqui, sozinha, e com o
nosso filho desaparecido.
-
Você ama de verdade? – Caio ousou em perguntar, e
obteve a resposta que ele imaginava receber.
-
Eu amo você como nunca amei ninguém em toda minha vida,
dizem que amor de primo é para sempre, e isso é pura verdade. – Bruna
emocionada beijou Caio. – O meu maior medo é nunca mais ver meu filho, nunca
mais conseguir me envolver com nenhum outro homem por amar demais você, e
principalmente ter que passar o resto da minha vida como uma titia solteirona e
infeliz vendo você tendo uma família com a Bianca, não deixa isso acontecer,
por favor Caio, não deixa.
-
Você quer que eu faça o que? – Caio naquele momento
sabia que Bruna não ia desistir tão fácil dele.
-
Não casa com a minha irmã, não casa com a Bianca, ela
não te ama como eu te amo, pode ter certeza. – Bruna disse, e beijou Caio de
novo depois.
-
Dorme, a melhor coisa a se fazer agora é dormir. – Caio colocou Bruna na cama, e ficou
acariciando ela. –Eu só posso te dizer que essa noite eu vou passar com você,
pode ficar tranquila. – com o primo Caio do seu lado, Bruna adormeceu e dormiu
após longos minutos de emoção e lagrimas.
Teresa estava voltando para casa depois de uma consulta com
seu médico, quando se deparou com Mel na frente de seu carro, e acabou se
assustando com o modo agressivo pelo qual foi abordada por ela.
-
Pensou que nunca mais ia me ver mamãe. – Mel disse
depois de sair da moto que estava dirigindo.
-
Some da minha frente garota, me deixe em paz! – Teresa
ordenou esperando por um táxi para voltar para mansão.
-
Não sem antes me vingar. – Mel declarou assustando
Teresa. – Pensou o que?Que ia me adotar, criar como filha, e um dia sem mais
nem menos me jogar na rua como uma cachorra.
-
Mas é o que você é. – Teresa afirmou irritada. –Uma
cachorra capaz de seduzir e transar com o próprio pai, aliás, pai não né, pois
uma ninfeta como você nunca teve respeito e nunca o considerou ele como pai.
-
Eu nunca o considerei como pai pois eu sempre via ele
com o grande amor da minha vida, e você só atrapalhou tudo. – Mel confessou. –
Se não fosse por você, eu ficaria com ele.
-
Você é maluca Mel, Maluca. – Teresa ofendeu causando
despertando ódio em Mel.
-
Agora você disse uma verdade. –Mel subiu em cima da
moto, ligando ela. – Eu sou maluca. – Mel avançou com a moto para cima de
Teresa, atropelando ela, e fugindo logo depois.
-
Socorro! – Teresa gritou desesperada, caída no chão, e
foi socorrida logo em seguida por desconhecidos que passavam na rua. –Eu não
quero perder meu bebê, eu não quero. – Teresa temeu gritando paras os médicos
da ambulância que chegou para levar ela para o hospital.
-
Calma, vai ficar tudo bem. – o médico da ambulância
prometeu para Teresa, mas mesmo assim ela continuou tensa e desesperada.
-
Chame meu marido Xavier, por favor, chamem ele. –
Teresa pediu sendo atendida, e quando chegou no hospital, Xavier já estava lá
aflito.
-
O que aconteceu? – Xavier perguntou para Teresa após
ela ser examinada pelo médico.
-
Foi ela. –Teresa respondeu intranquila.
-
Ela quem? –Xavier continuou perguntando sabendo muito
bem a quem Teresa se referia.
-
A Mel, ela me atropelou, ela fez tudo pensando em se
vingar. – Teresa tremia e chorava ao mesmo tempo tamanho era seu desespero.
–Ela queria que eu perdesse nosso filho, mas isso não vai acontecer, não vai. –
Xavier acalmou Teresa, quando o médico o chamou para conversar a sós.
-
O que foi doutor? - Xavier interrogou já desconfiado de
qual seria resposta do médico.
-
Você precisa ser forte para contar para ela. – O médico
iniciou tentando tranquilizar Xavier. – Infelizmente ela perdeu o bebê, eu
sinto muito.
-
Eu já sabia. –Xavier confessou conformado. – Mas agora
preciso contar para ela.
-
Eu perdi nosso filho não foi? –Teresa perguntou antes
mesmo que Xavier começasse a falar.
-
Sim. – Xavier conformou, e abraçou Teresa.
-
Não pode ser, aquela nojenta conseguiu o que ela
queria. – Teresa chorou sem parar inconformada com a perda de seu bebê.
-
A gente pode ter outro, não fique assim. – Xavier
consolou Teresa. – Você está bem, e nos estamos livres da Mel, isso é que
importa.
-
Isso é o que eu não sei. – Teresa contestou. – Eu acho
que nunca vamos nos livrar de Mel.
-
Eu te garanto que vamos, ela não se atreverá a aparecer
novamente na nossa vida. –Xavier afirmou. – Mandei uma mensagem de celular
ameaçando ela caso ela volte a aparecer para perturbar nos dois, duvido que ela
tenha coragem. –Xavier confessou, e permaneceu ao lado de Teresa, que ficou
mais tranquila coma presença do marido ao seu lado.
Os telefonemas de Hugo ameaçando Magda ficaram cada vez mais
constantes, aponto de Horacio voltar a desconfiar da fidelidade dela.Cansada,
Magda resolveu tomar providencias, e manter Hugo calado.
-
Vamos nos encontrar hoje. – Magda ordenou para Hugo, e
foi imediatamente atrás dele, com um plano em sua mente para se livrar das
ameaças que estava sofrendo.
-
Você vai me enrolar por mais quanto tempo? –Hugo
perguntou agressivo. –Eu quero me tornar o seu novo marido o quanto antes.
-
Então vai ficar querendo. – Magda tacou um vaso na
cabeça de Hugo e o amarrou dentro do carro dela, onde os dois estavam. – Eu só
não vou te matar pois gosto de você, mas vou ter colocar preso em um cativeiro
com um animal de estimação. – Magda levou Hugo para uma casa abandonada, e o
prendeu lá dentro.
-
O que você vai fazer comigo? – Hugo perguntou para
Magda antes de ter sua boca amarrada com um pano.
-
Vou te fazer de prisioneiro, sempre tive esse fetiche,
agora estou realizando. –Magda declarou para Hugo, que não falou nada pois já
estava completamente amordaçado e amarrado por ela. – Quando eu quiser brincar
com você, eu venho aqui, e prometo trazer comida, mas só quando eu estiver
afim, se divirta. – Magda saiu deixando Hugo ali sozinho e preso naquele
cativeiro.
Dalva e César estavam prestes a ficarem noivos de verdade.Sabendo
de tudo, Carla quis se vingar de Dalva fazendo com ela a mesma coisa que Dalva
fez quando enviou fotos de César traindo ela.
-
Gostou das fotos querida? – Carla provocou Dalva via
telefone. –Resolvi fazer a mesma coisa que você fez comigo, lembra?
-
Isso não é possível! - Dalva reagiu surpresa. – Você
devia está na cadeia, mesmo depois de tentar me matar eu não posso acreditar
que o César continuou com você assim mesmo.
-
Pois é, pode acreditar. – Carla do outro lado da linha
continuou provocando Dalva. – Que tal perguntar par ele próprio sobre essas
fotos?Quero ver se ele tem coragem de negar. – Carla desligou o telefone, e
Dalva foi trás de César mostrar o que Carla havia enviado para ela.
-
O que você tem a dizer sobre isso? – Dalva mostrou as
fotos para César.
-
Precisa dizer alguma coisa. – César disse sem nenhuma
vergonha de ter sido pego no flagra. - Eu estou tendo um caso ela, eu confesso.
-
Você tinha um caso com ela. – Dalva disse tranquila.
–Não tem mais, se essa mulher pensa que vai conseguir me separar de você está
muito enganada, eu perdôo a traição. – Dalva surpreendeu César.
-
Perdoa? – César ficou chocado.
-
Sim. – Dalva respondeu. – Mais com uma condição.
-
Que condição é essa? – César curioso e ainda surpreso
perguntou, e aguardou por um bom tempo a resposta de Dalva, que ficou muda por
um certo tempo até responder a pergunta feita por César.