sábado, 2 de novembro de 2013

Capítulo 13 - O Que Vai...Volta





-          Eu quero que você denuncie a Carla. – Dalva ordenou, deixando César perceptivelmente sem graça. – Prove para mim que você não tem mais nada com ela, e denuncie ela para a policia, afinal, ela tentou me matar, e acabou dando um tiro em Talita.

-          Ok. – César concordou meio contrariado. – Eu vou denunciar ela.

-          Então vá até a policia e revele o paradeiro dela. – Dalva exigiu.

-          Eu não posso fazer isso. – César disse repentinamente, e chocou Dalva.

-          Como?Você acabou de dizer que iria denunciar-la para se livrar dela de vez, e agora você diz que não pode denunciar?Porque não? – Dalva se exaltou, quase agredindo César.

-          A Carla sabe de coisas sobre você e eu, a Carla sabe que a Talita é a nossa filha, ela descobriu tudo. – a revelação de César causou profundo choque em Dalva.

-          Você sabe que a Talita é sua filha?Eu nunca te falei isso, como você descobriu?Como a Carla descobriu? – chocada com a revelação de César, Dalva fez varias perguntas para ele, tentando entender a confusão.

-          Eu nunca desconfiei de nada, mas a Carla ficou sabendo de tudo depois de escutar uma conversa sua com Clemente, na qual você revelou que eu era o pai de Talita. – César disse emocionado. – Ela contou para mim após uma briga nossa, eu me choquei no inicio, e nem acreditei, mas depois vi que fazia todo sentido eu ser o pai dela.

-          Porque você não contou para mim quando ficou sabendo? – Dalva interrogou intrigada.

-          Eu fiquei tão surpreso que eu não sabia nem o que dizer, eu não tive reação, e preferi ficar quieto, afinal, se você escondeu isso de mim tanto tempo era porque não queria que eu soubesse. – César argumentou, deixando Dalva momentaneamente sem ação.

-          Eu não contei nada quando eu engravidei de você por medo de ser rejeitada, e ver minha filha sendo rejeitada por você e por sua falecida esposa. – Dalva explicou. –Eu era apenas a empregada, mais uma empregada que engravidou do patrão, e talita seria a bastarda, eu não queria isso para minha filha, não mesmo, por isso preferi criar ela sozinha do que assumir ela como sua filha, e ver ela sofrer.

-          Eu entendo você. – César comentou. – Mas o problema agora é que Carla que se aproveitar da situação.

-          Em qual sentido? – Dalva se preocupou.

-          Ela quer permanecer comigo e voltar morar aqui na mansão em troca de não contar a verdade para Talita. – César respondeu.

-          Meu Deus. – Dalva se desesperou. – Talita não pode saber que é sua filha, ela vai se revoltar.

-          Então acho melhor nos dois fazermos o que ela quer. – César concluiu.

Carla voltou para mansão repleta de malas, surpreendo todos, inclusive a própria Talita, que havia sido baleada por ela, e teve que se acostumar a conviver novamente com ela na mansão.Mas a principal surpresa não foi só em relação à volta de Carla, mas também o anuncio de que ela e César estariam noivos de novo.

-          Dessa vez eu tenho certeza que finalmente eu e César vamos casar. – Carla declarou confiante.

-          Provavelmente se você não der um tiro em mais alguém. – Magda debochou da situação.

-          Aquilo foi um momento de descontrole. – Carla disse se referindo ao tiro que deu em talita tentando acertar Dalva.- Inclusive eu gostaria de pedir desculpas a Talita por tudo.

-          Desculpas? – Talita reagiu agressiva. –Você quase me mata e depois me pede desculpas, por favor. – revoltada, Talita quase agrediu Carla, mas foi contida por Dalva.

-          Eu só queria que vocês me aceitassem bem agora que sou ser uma Arantes também. – Carla declarou para todos os membros da família Arantes que estavam presentes.

-          É estranho. – Jorge comentou rindo.

-          O que é estranho? – Carla perguntou curiosa.

-          Você é advogada da família da família, e de repente se torna a nova mulher do César, é tudo muito confuso. – Jorge respondeu.

-          E você Caio, o que acha de mim? – Carla perguntou se dirigindo ao futuro enteado.

-          Pra mim tanto faz. – Caio respondeu. – Mas minha mãe você nunca será, até porque você nem tem idade para isso.
Com a volta de Carla, e seu noivado com César, Dalva entrou em profunda tristeza quase beirando uma depressão, e passou a ser consolada pela filha Talita.Sem a presença da filha adotiva Mel, e após perderem o filho que estavam esperando, Xavier e Teresa tentavam aos poços recomeçarem a vida de casado de ambos.


-          Nos éramos tão felizes quando casamos, você lembra? – Xavier comentou, deitado na cama ao lado de Teresa.

-          Lógico que lembro, essa foi a melhor fase do nosso casamento, e ai depois... – Teresa pausou pensativa.

-          Depois? – Xavier insistiu para Teresa terminar o que ela tinha começado a falar.

-          Depois veio a Mel, e ai acabou tudo.

-          Esquece ela, ela já não vai mais parte de nossas vidas, ela nunca foi de fato nossa filha. – Xavier disse tentando de todas as formas eliminar o desagradável fantasma de Mel que rondava a vida dele e da mulher Teresa.

-          Eu me arrependo muito de ter insistido em adotar uma menina, eu não podia te filhos, e quando eu entrei naquele orfanato e vi o rostinho doce da Mel, eu nunca poderia imaginar que aquela garotinha era um demônio que é. –Teresa se lamentou.

-          Eu já disse para você esquecer ela. – Xavier se irritou. – O tempo todo você lembra dela como se não estivesse conformada com o fato dela ter ido embora.

-          Fui eu que coloquei ela para fora. –Teresa relembrou Xavier.

-          Eu sei, mas parece que está arrependida por isso.

-          Jamais, eu fiz a coisa certa. – Teresa afirmou. – Eu fiz o que devia ser feito.

-          Então relaxa, e esquece a Mel definitivamente.

-          Esquecer não tem como, foi por causa dela que nossa vida e nosso casamento se transformou em um inferno, mas apesar de tudo eu tenho uma curiosidade. –Teresa revelou.

-          Qual é? – Xavier perguntou logo em seguida.

-          Eu gostaria de saber onde ela está depois que saiu daqui? –Teresa respondeu. – Pra onde será que ela foi?

Bruna e Viviah continuavam aflitas, desesperadas e intranquilas com o desaparecimento de Lucas.Um bom tempo escondido no quarto de Giane, Lucas estava cada vez mais apaixonado por ela, até tomar coragem e fazer um pedido que assustou Giane.

-          Você foi a primeira mulher que eu beijei Giane. – Lucas disse tendo.

-          Sim. – Giane concordou também tensa. - Foi uma vez só, não irá acontecer de novo.

-          Porque? Você não gostou?Eu não sei beijar? –Lucas se preocupou.

-          Não é nada disso. – Giane respondeu tranquilizando ele. –É que você é apenas uma criança, eu sou um a mulher, não podemos ter uma relação como essa.

-          Porque não?Eu já ouvi dizerem varias vezes que o amor não tem idade.

-          Não insista, por favor Lucas. – Giane pediu.

-          Acontece que eu queria perder também minha virgindade com você. – a revelação tomou Giane de surpresa, e ela ficou estarrecida. – Eu queria que você fosse a primeira mulher da minha vida.

-          Você está louco? –Giane reagiu em pânico. –Só o fato de eu encostar em você já me faz uma pedófila, eu posso até ser presa.

-          Não pode não, você não vai está me abusando, eu quero transar com você Giane, eu quero transar da mesma forma que o Clemente transa, eu tenho certeza que sou muito melhor que ele. – Lucas afirmou decidido, deixando Giane surpresa.

-          Você é pequeno ainda, tem apenas tem 10 anos, e eu já passei dos 40. – Giane escutou a voz de Clemente, e se assustou. – Se esconde Lucas, o Clemente está vindo. –Lucas es escondeu dentro do armário, e Clemente chegou logo em seguida desconfiado.

-          Tinha alguém aqui. – Clemente perguntou.

-          Você está vendo alguém aqui? – Giane debochou. –Se não tem ninguém aqui, é porque não tem ninguém aqui.

-          Mas parece que eu escutei uma voz diferente que não era a sua. –Clemente insistiu desconfiado.

-          Sabe o que é isso Clemente?Você é tão fofoqueiro que escuta coisas até demais.

-          É deve ser isso mesmo. – Clemente concordou, mas permaneceu desconfiado. – Eu devo está escutando coisas demais.

Mantido como refém em cativeiro por Magda, Hugo passou fome, além de ser maltratado nas mãos de Magda, que agrediu ele, e o obrigou a deixar ela fazer sexo oral nele, mordendo e machucando o pênis dele.

-          Está vendo Hugo, é isso que acontece com se atreve a se meter comigo. – Magda disse se dirigindo a Hugo, que estava completamente acabado nas mãos de Magda.

-          E você vai fazer o que comigo?Vai me matar? –Hugo perguntou após a Magda tirar a mordaça da boca dele.

-          Não. – Magda respondeu. – Vou fazer você sofrer até não querer mais, é meu passatempo favorito, fuder com  a vida das pessoas.

-          É bom mesmo você me manter aqui. –Hugo ameaçou. –Porque caso eu tenha oportunidade, que vai fuder com a sua vida sou eu.

-          Mas eu posso ficar tranquila, pois isso nunca vai acontecer, nunca. – Magda botou novamente a mordaça na boca de Hugo, e foi embora do cativeiro deixando ele amarrando e imóvel no chão úmido e empoeirado da cabana onde ele estava.

Viviah e Jorge estavam tendo uma relação mais do superficial depois que Jorge matou Fernando, e após o sumiço de Lucas.Mas as coisas entre o casal pioraram depois que Viviah se recusa a transar com o marido, e tenta se rebelar contra ele, o que faz Jorge entrar em extrema fúria.

-          Você não vai querer transar comigo mesmo não. – Jorge pegou seu revolver, e apontou na cabeça de Viviah. – Que tal assim então. – com o resolver apontado na cabeça de Viviah, Jorge começou a tirar a roupa da esposa.

-          Você é nojento. –Viviah disse quando Jorge começou a estrupar lentamente ela, mantendo o resolver sobre sua cabeça. –Precisa colocar uma arama na cabeça da própria mulher para conseguir transar com ela, saiba que o Fernando é muito melhor do que você.

-          Era, ele morreu. – Jorge disse enquanto permanecia penetrando em Viviah.

-          Morreu, mas permanece bem vivo na minha memória. – Viviah começou a falar disposta a irritar Jorge, mesmo ele estando com um revolver em sua cabeça. – Ele não transava, ele fazia amor comigo.

-          É mesmo. – Jorge debochou. –Eu duvido que ele te fudia que nem eu.

-          O Fernando simplesmente me deu algo que você nunca conseguiu me dar. – Viviah declarou intrigado Jorge.

-          E eu posso saber o que um motoristazinho de quinta te deu que não consegui te dar. – Jorge perguntou agressivo, terminando de penetrar em Viviah.

-          Ele me deu prazer, e você nunca conseguiu me fazer gozar nem metade do que ele já fez. – a revelação de Viviah fez Jorge ficar completamente irado.

-          Vamos ver se você consegue gozar assim então. – revoltado, Jorge começou a dar vários tapas no rosto de Viviah, que agüentou deitada na cama, e ficou imóvel ali até Jorge parar de agredir-la. –Ta ai Viviah, eu acho que o motoristazinho nunca teve na cama essa pegada hein? – depois de agredir e debochar de Viviah, Jorge deixou ela sozinha no quarto, que começou a chorar, e lembrou de Fernando, sentindo saudades dele.

No dia do noivado de César e Carla, Dalva mal conseguiu se levantar da cama, onde permaneceu deitada sentindo uma profunda febre, acompanhada de uma terrível dor corporal, que impossibilitou ela de concluir o seu desejo naquele momento: abandonar a mansão dos Arantes definitivamente ao lado da filha.

-          Você não pode fazer isso mãe. – Talita declarou após Dalva informar para a filha o seu plano de se demitir e ir embora da mansão dos Arantes. – Eu não entendo porque você não denunciou essa Carla para a policia, você não pode deixar essa vagabunda dessa roubar o seu homem, assim como eu não vou deixar aquelas piranhas da Bruna e Bianca roubarem o Caio de mim.

-          Para começo de conversa, nem o César é meu, e nem o Caio é seu, aliás, eu pensei que você já tivesse esquecido desse garoto de uma vez por todas. – Dalva se preocupou por Talita continuar obcecada por Caio, que na verdade era meio irmão dela.

-          Eu nunca vou esquecer dele, o Caio pode ter um caso com Bruna e se casar com a Bianca, mas eu vou fazer de tudo para ficar com ele, pode apostar. – Talita falou com um ar decidido.

-          Ta ai mais um motivo para a gente ir embora dessa mansão. –Dalva pensou que a demissão dela, e saída dela da mansão cairia como uma luva para afastar Talita de Caio, e prevenir uma possível relação incestuosa entre eles.

-          Com licença. – sem ao menos bater na porta do quarto de Dalva e Talita, Carla foi logo entrando. – Espero não está atrapalhando.

-          Pior é que está. – com grosseria, Talita saiu do quarto esbarrando propositalmente em Carla, e deixando ela sozinha com Dalva.

-          O quer você quer? –Dalva perguntou para Carla, com a mesma grosseira da filha Talita.

-          Eu vim aqui saber qual é a tua. – Carla respondeu. –Você não me denunciou como o combinado para que eu não contasse a verdade para Talita, e agora diz que vai embora da mansão, é verdade mesmo isso? – Carla perguntou desconfiada.

-          Sim. – Dalva confirmou. – É verdade.

-          Menos assim. – Carla afirmou com um ar arrogante, e logo seguida foi embora do quarto deixando Dalva sozinha.

Carla e César se tornaram noivos em um jantar intimo para todos os membros da família Arantes.Após se recuperar da febre, Dalva foi embora da mansão com a filha Talita após pedir demissão.Com Talita não morando mais na mansão, Horacio ficou visivelmente triste, afinal, o mesmo já estava se acostumada com a rotineira espiada que dava em Talita no banho, quando ela fica completamente nua, e fazia a alegria dele, que apesar de sua impotência sexual, estava vendo em Talita um ótima forma de se divertir.Porem para a surpresa de todos, em menos de uma semana Dalva e Talita estavam de volta, para alegria de César e Hugo, e tristeza de Carla, que ficou visivelmente incomodada com a volta das duas, principalmente de Dalva.

-          Eu posso saber o que fez você mudar de idéia tão rápido? – Magda questionou Dalva, logo após a empregada retomar o seu cargo.

-          Eu faço minhas as palavras de Dona Magda, você poderia responder o motivo da volta repentina? – Clemente disse.

-          Eu também gostaria de saber. – Carla se manifestou após Magda e Clemente. – Fala para gente Dalva, porque você voltou em menos de uma semana para a mansão?

-          Simples. – Dalva começou a responder. –Uma semana foi tempo suficiente para perceber que essa casa não permanecer sem mim, agora se me dão licença, eu tenho muito trabalho pela frente. – Dalva foi para cozinha, e Clemente, Carla e Magda ficaram na sala se entreolhando depois da afiada resposta de Dalva, que fez os três calarem a boca.

Com uma semana e meia para o casamento de Bianca e Caio, Bianca tomou uma decisão que chocou Caio, e que uma certa forma provocaria sua irmã Bruna, que fingia está super satisfeita e conformada como casamento dos dois, mas no fundo estavam morrendo de ciúmes e de inveja.

-          Vocês dois juntos no meu quarto? – Bruna se espantou ao ver Bianca e Caio entrarem de mãos dados no quarto dela.

-          A gente veio te fazer um convite. – Bianca anunciou. –Eu quero que você seja madrinha do meu casamento e do meu filho.

-          Puxa!Que legal! – Bruna se mostrou entusiasmada, mas por dentro estava com vontade de asassinar a irmã Bianca, pelo fato dela está se casando com o primo Caio, o grande amor da vida das duas.

-          E você aceita? – Caio perguntou desconfiado da felicidade Bruna.

-          Lógico que aceito. – Bruna afirmou.

-          Além de madrinha, você irá me ajudar, eu quero que você participe de tudo, afinal, eu não sei se você terá a oportunidade de se casar um dia não é mesmo? –Bianca provocou Bruna, que se manteve neutra.


-          Será um prazer. – Bruna disse contente por fora, furiosa por dentro. –Eu mal posso esperar para ver vocês dois casados e felizes. – desejando falsamente felicidades para Bianca e Caio, Bruna já pensava secretamente em algo para impedir, e acabar com o casamento dos dois.

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